Um dos Atletibas mais emocionantes dos 85 anos do clássico. Foi isso que os torcedores que estiveram hoje, na Arena da Baixada presenciaram. Do lado atleticano, faixas dentro do vestiário e na torcida incentivavam o Rubro-Negro. O otimismo era tanto que inclusive algum funcionário do Departamento de Comunicação do Atlético deixou vazar na madrugada deste domingo, notícias de jogadores falando sobre o que poderia ser o 22ºtítulo Paranaense da história do clube.
E a atitude atleticana jogou contra o time, já que essas informações foram utilizadas pelo técnico René Simões para incentivar os jogadores. E deu certo! Apesar do Rubro-Negro ter iniciado a partida pressionando o Coritiba, logo aos 6 minutos, em uma das primeiras descidas do time coxa-branca, o alviverde abriu o placar. Marcos Aurélio bateu falta curta para Ariel, o argentino de primeira tocou para Marcelinho Paraíba fazer o Atlético provar do próprio veneno. Já que nos últimos jogos, o Furacão abriu o placar logo nos minutos iniciais.
O gol abalou a equipe atleticana, que perdeu a meia cancha e as laterais. No meio, Julio dos Santos e Marcinho não apareceram para o jogo, ambos sendo muito bem marcados pelos volantes Rodrigo Mancha (que hoje jogou na sua posição de origem, sendo substituído na zaga por Pereira) e Leandro Donizete. Pelo lado esquerdo alviverde, Carlinhos Paraíba usou da experiência sobre o jovem Raul.E pela ala-direita, Márcio Gabriel não tomou conhecimento de Netinho, assim como aconteceu no clássico da Primeira Fase.
E depois de Marcelinho Paraíba chutar uma bola na trave, foi pelo lado direito do ataque do Coritiba, que o Alviverde chegou e obteve a marcação de uma penalidade. Márcio Gabriel desceu em velocidade, entrou na grande área e só foi parado por Netinho. Na cobrança, Marcos Aurélio fez o segundo do Coxa, que ainda poderia ter ido para o vestiário com um placar mais elástico.
Assistindo do banco de reservas a péssima atuação do Atlético no primeiro tempo, Geninho optou por arriscar e fez logo três substituições na volta para a segunda etapa. Julio dos Santos deu lugar a Lima. Júlio César foi substituído por Wallyson, e Márcio Azevedo entrou na vaga de Netinho. As mudanças deram certo, e o Rubro-Negro mostrou outra postura.
Logo aos 12 minutos, Rafael Moura se aproveitou da falha da zaga coxa-branca, fez o décimo terceiro gol no Campeonato Paranaense, e diminuiu para o Furacão. O Rubro-Negro continou pressionando, e oito minutos depois, Leandro Donizete fez penalti em Wallyson. He-Man, que de 4 penalidades converteu duas, deixou para Marcinho cobrar e empatar para o Atlético.
Empurrado pela torcida e com o Nacional vencendo o J.Malucelli, em Rolândia, o Rubro-Negro acreditou que poderia virar a partida e conquistar o título. Mas, ao mesmo tempo que descia para o ataque, deixava muito espaço para o Coxa chegar no contra-ataque. E foi o que aconteceu. Aos 35 minutos, bola cruzada na área do Atlético, Jairo desviou para Ariel deixar sua marca e colocar o Coxa na frente no placar novamente. 3 a 2.
O terceiro gol alviverde deu um banho de àgua fria nos atleticanos, que ainda viram Marlos ampliar o marcador e encerrar a partida: 4 a 2. Resultado que pôs fim a um jejum de oito anos sem vitória do Coritiba, na Arena da Baixada e adiou para o próximo domingo a decisão do título do Paranaense de 2009.
Destaque: Marcelinho Paraíba
Pior em campo: Netinho