Episódios lamentáveis
Posted by Nadja | | Posted on segunda-feira, outubro 26, 2009
Dentro de campo e nas arquibancas o clássico de domingo foi maravilhoso. As torcidas empurram as equipes e em campo Atlético e Coritiba protagonizaram um jogo repleto de emoção. Mas fora do Alto da Glória...alguns episódios lamentáveis. Uma vergonha.
Morre torcedor atleticano atropelado por rival após o clássico
O estudante de Direito João Henrique Mendes Xavier Vianna, de 21 anos, torcedor do Atlético, morreu no fim da tarde desta segunda-feira, vítima de um atropelamento por um carro conduzido por um torcedor do Coritiba, após o Atletiba de domingo.
Vianna e outro torcedor do Atlético foram atingidos pelo carro na esquina das ruas Desembargador Westphalen e Engenheiros Rebouças, próximo à Arena. O Celta que atropelou os atleticanos era ocupado por cinco torcedores do Coritiba, que voltavam do Couto Pereira – os rubro-negros estavam na Baixada assistindo ao clássico em um telão.
Vianna foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador, onde permaneceu internado durante todo fim do domingo e a segunda-feira em estado grave. Segundo informações da família, ele teve morte cerebral decretada no fim da tarde e os médicos já autorizaram a doação de órgãos.
O condutor do Celta deixou o local do acidente e só foi parado algumas quadras depois, na esquina da Westphalen com a Nunes Machado, por um agente da Diretran a caminho do trabalho, que vinha logo atrás do carro no momento do acidente. O motorista foi levado à Delegacia de Delitos de Trânsito, onde está preso. Ele recusou-se a fazer o teste do bafômetro.
O outro torcedor atropelado quebrou uma perna. Ele teria sido levado ao Hospital Evangélico e liberado nesta segunda-feira. O hospital não confirma a informação.
Segundo balanço preliminar da Urbs, 28 ônibus foram quebrados no clássico
A URBS (Urbanização de Curitiba S/A) apresentou na manhã desta segunda-feira um balanço preliminar da depredação de ônibus no clássico Atletiba deste domingo. Segundo o órgão municipal, foram 28 veículos danificados, um deles com perda total. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 mil. Para fechar o saldo, ainda falta verificar os danos causados a terminais, estações tubo e em algumas linhas de ônibus.
O caso mais grave, segundo a Urbs, foi de um ônibus da empresa Expresso Azul, que faz a linha Jacob Macanhann, que serviu de transporte da torcida do Atlético até a Arena.
Cacos de vidro pelo chão: principais sinais da destruição
O veículo foi abordado por volta das 18h25, na Avenida Getúlio Vargas, próximo à Arena da Baixada, quando fazia seu itinerário até Pinhais. Foram 18 vidros quebrados, causando perda total do carro, apresentado à imprensa na manhã desta segunda-feira, na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba.
"Esses 28 veículos iriam atender à população, mas ficarão fora de circulação pelo menos até a manhã de terça-feira, exceto este que teve perda total", afirmou Edson Berllezzi, gestor de fiscalização da Urbs.
Segundo dados da empresa, foram quebrados 48 vidros, quatro alçapões, uma porta e dois parabrisas. De acordo com a Urbs o prejuízo pode ser ainda maior para a população. Os estragos em terminais e estações-tubo ainda não foram contabilizados. A Urbs estima que R$ 300 mil foram gastos em 2009 por causa da ação de vândalos em dia de partidas de futebol em Curitiba e região.
Estrago revolta usuários
Quem passou pela Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, viu de perto as tristes marcas da destruição dos ônibus coletivos. A Urbs expôs três veículos atingidos pelos vândalos. A psicóloga Vanessa Hornig, que passava pelo local, não conseguiu segurar o choro ao se deparar com a imagem lamentável. "Não entendo o que passa na cabeça dessas pessoas. Jogar um rojão para dentro de ônibus? Que absurdo. Não consigo aceitar. Não pode mais ter jogo na cidade. As autoridades precisam fazer alguma coisa", disse.
No maior público do ano, festa dentro do estádio e arruaça pela cidade
Festa dentro do estádio, rompida pelo arremesso de bombas pelos dois lados, e distúrbios no caminho para o Couto Pereira, com briga em local previsível e tentativa de sequestro de um ônibus. O Atletiba 341 seguiu o que já tornou um roteiro comum dos clássicos em Curitiba.
Ao todo, foram 32.838 pagantes, fazendo do jogo de ontem o de maior público do ano no estado – a marca anterior, 32.744, pertencia a Coritiba 1 x 1 Corinthians, também pelo Bra¬¬sileiro. Ainda serviu para o Coxa passar o rival na média de público do Nacional: 16.211, contra 15.768 do Atlético.
A escolta à torcida rubro-negra no caminho do Couto Pereira
Redenção nos acréscimos dá cara de título à vitória no clássico
A vitória da redenção coletiva foi construída ontem no Alto da Glória. Da remissão pessoal à pontuação importante na tabela. Do fim de seis anos sem vitórias sobre o maior rival em Brasileiros ao melhor momento do ano do centenário alviverde. Motivos suficientes para valorizar o triunfo em cima do Atlético.
Inferno verde e rubro-negro
As duas torcidas prepararam um belo espetáculo para receber as equipes. Do lado alviverde, a versão diurna do Green Hell teve muito papel picado e fumaça verde e branca, criando uma camada de pó na lateral do campo à frente do setor Mauá, que subia a cada quique da bola ou pisada dos jogadores.
Pela arquibancada, uma nova leva de bandeirões homenageava ídolos do centenário coxa-branca. Cada um trazendo a imagem de um jogador de cada década, do fundador Fritz Essenfelder ao artilheiro Keirrison, passando por Ninho, Duílio, Krüger, Fedato e Nasci¬¬mento, entre outros.
Do lado rubro-negro, a proibição ao uso de bandeiras, faixas e instrumentos era compensada pelo grito e por muita fumaça vermelha e preta. Dispersado em duas partes, o pó colorido transformou o espaço do visitante em um pedacinho da Arena.
A festa foi maculada novamente pelo arremesso de bombas dos dois lados. Três por coxas-brancas, três por atleticanos. Episódio similar na Baixada, no primeiro turno, tirou um mando de cada clube.
Brigas pela periferia
Antes do jogo também se repetiram episódios de violência. Apontado pela própria polícia como ponto crítico, o terminal do Fazendinha foi o palco de uma briga. A confusão ocorreu por volta das 13h45, quando três ônibus saíram com torcedores do Atlético em direção à Arena, de onde o grupo sairia escoltado pela Polícia Militar até o Couto Pereira.
Logo que um dos ônibus virou na rua Carlos Klemtz, foi barrado por torcedores do Coritiba, que vinham a pé do Caiuá. O ônibus foi atingido por pedras e grande parte dos atleticanos desceram, respondendo às provocações dos torcedores rivais. Aproximadamente 200 pessoas se envolveram na confusão, contornada cerca de 20 minutos depois, com a chegada de reforço da PM e da Guarda Municipal – antes do confronto havia duas viaturas da PM no local e uma da Guarda Municipal, no módulo instalado ao lado do terminal.
Ninguém foi preso, a polícia apenas recolheu pedras e pedaços de madeira usados como arma e conduziu as duas torcidas até o estádio.
De acordo com a sala de imprensa do Comando do Policiamento da Capital (CPC), antes do início da partida houve confusão ainda nos terminais da Vila Oficinas, Capão da Imbúia e Centenário, neste último, com a participação de pelo menos 300 pessoas e a depredação de catracas.
Em São José dos Pinhais, no bairro Borda do Campo, torcedores do Atlético quebraram um ônibus por volta das 11h40. Às 14 horas, um veículo da linha Colombo-São José foi invadido por coxas-brancas, que mandaram todos os passageiros descerem e queriam que o motorista os levasse até o estádio. A polícia foi chamada para resolver a situação.
O terminal do Alto Maracanã, em Colombo, também registrou conflitos, assim como o terminal do Afonso Pena, em São José dos Pinhais, onde, na sexta-feira, integrantes das duas torcidas brigaram. Ônibus foram depredados e dois menores forem presos.
Reportagens: Gazeta do Povo
Morre torcedor atleticano atropelado por rival após o clássico
O estudante de Direito João Henrique Mendes Xavier Vianna, de 21 anos, torcedor do Atlético, morreu no fim da tarde desta segunda-feira, vítima de um atropelamento por um carro conduzido por um torcedor do Coritiba, após o Atletiba de domingo.
Vianna e outro torcedor do Atlético foram atingidos pelo carro na esquina das ruas Desembargador Westphalen e Engenheiros Rebouças, próximo à Arena. O Celta que atropelou os atleticanos era ocupado por cinco torcedores do Coritiba, que voltavam do Couto Pereira – os rubro-negros estavam na Baixada assistindo ao clássico em um telão.
Vianna foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador, onde permaneceu internado durante todo fim do domingo e a segunda-feira em estado grave. Segundo informações da família, ele teve morte cerebral decretada no fim da tarde e os médicos já autorizaram a doação de órgãos.
O condutor do Celta deixou o local do acidente e só foi parado algumas quadras depois, na esquina da Westphalen com a Nunes Machado, por um agente da Diretran a caminho do trabalho, que vinha logo atrás do carro no momento do acidente. O motorista foi levado à Delegacia de Delitos de Trânsito, onde está preso. Ele recusou-se a fazer o teste do bafômetro.
O outro torcedor atropelado quebrou uma perna. Ele teria sido levado ao Hospital Evangélico e liberado nesta segunda-feira. O hospital não confirma a informação.
Segundo balanço preliminar da Urbs, 28 ônibus foram quebrados no clássico
A URBS (Urbanização de Curitiba S/A) apresentou na manhã desta segunda-feira um balanço preliminar da depredação de ônibus no clássico Atletiba deste domingo. Segundo o órgão municipal, foram 28 veículos danificados, um deles com perda total. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 mil. Para fechar o saldo, ainda falta verificar os danos causados a terminais, estações tubo e em algumas linhas de ônibus.
O caso mais grave, segundo a Urbs, foi de um ônibus da empresa Expresso Azul, que faz a linha Jacob Macanhann, que serviu de transporte da torcida do Atlético até a Arena.
Cacos de vidro pelo chão: principais sinais da destruição
O veículo foi abordado por volta das 18h25, na Avenida Getúlio Vargas, próximo à Arena da Baixada, quando fazia seu itinerário até Pinhais. Foram 18 vidros quebrados, causando perda total do carro, apresentado à imprensa na manhã desta segunda-feira, na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba.
"Esses 28 veículos iriam atender à população, mas ficarão fora de circulação pelo menos até a manhã de terça-feira, exceto este que teve perda total", afirmou Edson Berllezzi, gestor de fiscalização da Urbs.
Segundo dados da empresa, foram quebrados 48 vidros, quatro alçapões, uma porta e dois parabrisas. De acordo com a Urbs o prejuízo pode ser ainda maior para a população. Os estragos em terminais e estações-tubo ainda não foram contabilizados. A Urbs estima que R$ 300 mil foram gastos em 2009 por causa da ação de vândalos em dia de partidas de futebol em Curitiba e região.
Estrago revolta usuários
Quem passou pela Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, viu de perto as tristes marcas da destruição dos ônibus coletivos. A Urbs expôs três veículos atingidos pelos vândalos. A psicóloga Vanessa Hornig, que passava pelo local, não conseguiu segurar o choro ao se deparar com a imagem lamentável. "Não entendo o que passa na cabeça dessas pessoas. Jogar um rojão para dentro de ônibus? Que absurdo. Não consigo aceitar. Não pode mais ter jogo na cidade. As autoridades precisam fazer alguma coisa", disse.
No maior público do ano, festa dentro do estádio e arruaça pela cidade
Festa dentro do estádio, rompida pelo arremesso de bombas pelos dois lados, e distúrbios no caminho para o Couto Pereira, com briga em local previsível e tentativa de sequestro de um ônibus. O Atletiba 341 seguiu o que já tornou um roteiro comum dos clássicos em Curitiba.
Ao todo, foram 32.838 pagantes, fazendo do jogo de ontem o de maior público do ano no estado – a marca anterior, 32.744, pertencia a Coritiba 1 x 1 Corinthians, também pelo Bra¬¬sileiro. Ainda serviu para o Coxa passar o rival na média de público do Nacional: 16.211, contra 15.768 do Atlético.
A escolta à torcida rubro-negra no caminho do Couto Pereira
Redenção nos acréscimos dá cara de título à vitória no clássico
A vitória da redenção coletiva foi construída ontem no Alto da Glória. Da remissão pessoal à pontuação importante na tabela. Do fim de seis anos sem vitórias sobre o maior rival em Brasileiros ao melhor momento do ano do centenário alviverde. Motivos suficientes para valorizar o triunfo em cima do Atlético.
Inferno verde e rubro-negro
As duas torcidas prepararam um belo espetáculo para receber as equipes. Do lado alviverde, a versão diurna do Green Hell teve muito papel picado e fumaça verde e branca, criando uma camada de pó na lateral do campo à frente do setor Mauá, que subia a cada quique da bola ou pisada dos jogadores.
Pela arquibancada, uma nova leva de bandeirões homenageava ídolos do centenário coxa-branca. Cada um trazendo a imagem de um jogador de cada década, do fundador Fritz Essenfelder ao artilheiro Keirrison, passando por Ninho, Duílio, Krüger, Fedato e Nasci¬¬mento, entre outros.
Do lado rubro-negro, a proibição ao uso de bandeiras, faixas e instrumentos era compensada pelo grito e por muita fumaça vermelha e preta. Dispersado em duas partes, o pó colorido transformou o espaço do visitante em um pedacinho da Arena.
A festa foi maculada novamente pelo arremesso de bombas dos dois lados. Três por coxas-brancas, três por atleticanos. Episódio similar na Baixada, no primeiro turno, tirou um mando de cada clube.
Brigas pela periferia
Antes do jogo também se repetiram episódios de violência. Apontado pela própria polícia como ponto crítico, o terminal do Fazendinha foi o palco de uma briga. A confusão ocorreu por volta das 13h45, quando três ônibus saíram com torcedores do Atlético em direção à Arena, de onde o grupo sairia escoltado pela Polícia Militar até o Couto Pereira.
Logo que um dos ônibus virou na rua Carlos Klemtz, foi barrado por torcedores do Coritiba, que vinham a pé do Caiuá. O ônibus foi atingido por pedras e grande parte dos atleticanos desceram, respondendo às provocações dos torcedores rivais. Aproximadamente 200 pessoas se envolveram na confusão, contornada cerca de 20 minutos depois, com a chegada de reforço da PM e da Guarda Municipal – antes do confronto havia duas viaturas da PM no local e uma da Guarda Municipal, no módulo instalado ao lado do terminal.
Ninguém foi preso, a polícia apenas recolheu pedras e pedaços de madeira usados como arma e conduziu as duas torcidas até o estádio.
De acordo com a sala de imprensa do Comando do Policiamento da Capital (CPC), antes do início da partida houve confusão ainda nos terminais da Vila Oficinas, Capão da Imbúia e Centenário, neste último, com a participação de pelo menos 300 pessoas e a depredação de catracas.
Em São José dos Pinhais, no bairro Borda do Campo, torcedores do Atlético quebraram um ônibus por volta das 11h40. Às 14 horas, um veículo da linha Colombo-São José foi invadido por coxas-brancas, que mandaram todos os passageiros descerem e queriam que o motorista os levasse até o estádio. A polícia foi chamada para resolver a situação.
O terminal do Alto Maracanã, em Colombo, também registrou conflitos, assim como o terminal do Afonso Pena, em São José dos Pinhais, onde, na sexta-feira, integrantes das duas torcidas brigaram. Ônibus foram depredados e dois menores forem presos.
Reportagens: Gazeta do Povo
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