Blog da Nadja

Como trabalhei na vitória do Atlético sobre o Corinhtians, por 3 a 2, na Arena, e assim não acompanhei a goleada do Coritiba, em Macéio, irei fazer uma análise do jogo da Baixada.

O primeiro tempo do Atlético foi praticamente perfeito. Fez dois gols e ainda poderia ter ido para o vestiário com um placar mais elástico. Vale ressaltar a excelente partida dos alas do Rubro-Negro: Raul e Márcio Azevedo.

Pela esquerda, Márcio ganhou facilmente todas as bolas do volante Fabinho, que estava atuando improvisado na direita, no lugar do poupado Alessandro (que até chegou à entrar no segundo tempo).

O técnico Mano Menezes verificou isso e tentou corrigir chamando Dentinho para conversar e orientando o jogador a trocar de lado com Douglas. Assim, Dentinho que iniciou a partida caindo pelo lado esquerdo do ataque do Corinthians, passou a auxiliar Fabinho, no lado direito. Essa mudança tática não surtiu o efeito esperado.

Se Mano esperava ver o Atlético que perdeu para o Coritiba por 4 a 2, estava totalmente enganado. O Furacão entrou em campo com raça, com Wallyson dando mais velocidade ao ataque e a equipe jogando com inteligência. Na sala de imprensa muitos até falavam: "Quem veio para ver Ronaldo está assistindo o Atlético jogar muito".

No segundo tempo, Mano realizou três modificações. Entraram: Alessandro, Otacílio Neto e Souza. Saíram: Fabinho, Ronaldo (com suspeita de fratrura na costela) e Morais. Enquanto Geninho fez apenas uma modificação. Tirou o volante Fransérgio, que realmente não estava bem no jogo, colocou o zagueiro Gustavo e adiantou Chico para sua posição de origem no meio.

Com mais o gol marcado por Chico, na segunda etapa, o Atlético ganhava de 3 a 0 do Timão. Mas depois deste terceiro gol, a história mudou um pouco. O Rubro-Negro recuou, e os jogadores do Corinthians abusavam das faltas. Quando estou trabalhando, muitas vezes fico posicionada atrás do gol, local este difícil de enxergar com clareza alguns lances. Ainda na Arena, vi o replay da cotovelada de Dentinho em Rafael Moura. Merecia cartão vermelho, mas o árbitro Nielson Nogueira Dias preferiu não fazer nada.

Voltando ao jogo, o Atlético recuou e chamou o Corinthians para o ataque. Com as mudanças realizadas, Mano partiu para um 4-3-3. No meio, Cristian, Elias e Douglas, e no ataque Souza, Otacílio Neto e Dentinho. O Timão chegou a perder uma penalidade batida pelo zagueiro Chicão (artilheiro do time na temporada), que caprichosamente bateu na trave esquerda do goleiro Galatto, passou por toda linha para ainda tocar na trave direita.

E quando Chicão deixou o volante Cristian (sim aquele que jogou no Atlético e foi envolvido na troca por Claiton, em 2007) bater falta e descontar para o time do Parque São Jorge, aos 41. O Corinthians foi todo para o ataque, e seis minutos depois, Dentinho fechou o placar: Atlético 3 x 2 Corinthians.

O resultado valeu pela bela apresentação da equipe no primeiro tempo, pela quebra da invencibilidade do Corinthians (não perdia hà 25 jogos e era o único time invicto na temporada) e pela raça no segundo tempo. Se o time não tivesse recuado, e sim mantido a bola no campo de ataque, poderia ter mantido a vitória por 3 a 0.

Na minha cabeça, tudo que o Atlético demorou 86 minutos para construir, foi por àgua a baixo em seis. Já que uma vitória simples do Corinthians, por 1 a 0, no Pacaembú, dá ao Timão a classificação às quartas-de-final.

E no Pacaembú, o Corinthians ainda mantém uma invencibilidade. No estádio, o Timão não perde há 24 jogos. A última derrota aconteceu no dia 19 de julho, para o Bahia, por 1 a 0, pela Série B. De lá para cá foram: 24j;19v;5e;57gm;15gs. Um recorde do time paulista.

Ronaldo: teve poucas chances. Uma entrou na grande área, pedalou, tentou chutar e simulou uma penalidade. Na outra, recebeu na entrada da grande área e de perna direita chutou ao lado do canto esquerdo do goleiro Galatto.

Wallyson: fez um belo primeiro tempo e cada vez mais se firma como titular. Já são 5 gols em 6 jogos.

Dentinho: merecia ter sido expulso.

Márcio Azevedo: mostrou porque merece mais oportunidades com a camisa 6 do Atlético.

Jairo: cerca muito, não tem tanta pegada. O colombiano Valencia realmente faz falta.

Geninho: deveria ter feito as duas modificações que ainda tinha. Para tirar atletas que estavam cansados, como o caso do meia Marcinho, que foi bem no primeiro tempo. Ou para parar o jogo.

Foto: Site do CAP