Nunca pensei que veria o que vi ontem, no Couto Pereira. Torcedores invandindo o gramado, brigando entre si, agredindo jogadores, policiais, seguranças e companheiros de imprensa. Medo, nervosismo, tristeza e decepcão. Foi essa mistura de sentimentos que senti.
Sim, o Coritiba caiu para a Série B. Como profissional também fiquei triste. Para um time com a tradição do Coxa, cair no ano de seu centenário seria uma tragédia que a maioria das pessoas não queria, tenho certeza. Especialmente grande parte da imprensa, dos dirigentes e dos torcedores que querem um futebol paranaense cada vez mais forte.
Durante a semana, o clube ficou sabendo que alguns torcedores planejavam invadir o gramado caso o clube caísse. Sabendo disso, duas pessoas que trabalham no clube foram até a Secretaria de Segurança Pública e entregaram um ofício pedindo um reforço policial.
Não estou dizendo que a culpa é da Polícia, de maneira alguma. Mas vamos fazer as contas. Mais de 35 mil pessoas e apenas 240 policiais dentro e nos arredores do estádio (número informado pelos policiais que estavam trabalhando), ainda mais sabendo previamente o que poderia acontecer. Não dá para entender. Porém nada justifica a atitude de alguns ontem, no Couto Pereira.
Eu, nos meus tempos de arquibancada, nunca tive medo de ir ao estádio. Minha mãe tinha e, inclusive, teve de ir a um jogo comigo para perceber que não havia problema. Mas, hoje, fiquei com medo. Temi pelas pessoas que estavam lá e penso se no futuro deixarei meus filhos frequentarem os campos. Os tempos estão mudando; para pior. Fui em decisões. Em quedas. Nunca vi algo como ontem.
Foi um dia triste. Decepcionante. Para o verdadeiro torcedor, que ontem fez mais uma bela festa nas arquibandas antes e durante o jogo, o momento difícil continua hoje e vai perdurar até o novo acesso. Eu acredito na força do Coritiba e sei que com planejamento o clube voltará a Série A já em 2011.
Mas dificilmente vou conseguir apagar da minha memória o que vi no dia 6 de dezembro de 2009, no Couto Pereira.
STJD
Depois da confusão, conversei por telefone com o procurador geral do STJD, Paulo Schmitt. Ele estava em sua casa, aqui em Curitiba, e assistiu parte dos incidentes no Couto Pereira. Schmitt confirmou que hoje vai se reunir com o presidente em exercício do STJD, Virgilio Val, e com outros procuradores para analisar as imagens e divulgar a punição do Coritiba.
“Foi lamentável. Amanhã (hoje) estou indo para o Rio de Janeiro. Essa viagem já estava marcada, mas já conversei com o Virgílio para analisarmos as imagens e divulgarmos uma punição ao clube. Ainda não posso afirmar quanto tempo o clube pode ficar com seu estádio interditado, mas descarto qualquer possibilidade de eliminação do clube, por exemplo”, disse.
O procurador geral do STJD revelou ainda que uma interdição de seis meses pode ser imposta pelo Ministério Público, com base no Estatuto do Torcedor.
“Se o Ministério Público interferir e se basear no Estatuto do Torcedor, o clube pode ser, sim, punido com 6 meses de interdição do estádio”, emendou.
Uma reunião do Ministério Público Estadual para analisar os acontecimentos de ontem também está marcada para hoje pela manhã.
Sim, o Coritiba caiu para a Série B. Como profissional também fiquei triste. Para um time com a tradição do Coxa, cair no ano de seu centenário seria uma tragédia que a maioria das pessoas não queria, tenho certeza. Especialmente grande parte da imprensa, dos dirigentes e dos torcedores que querem um futebol paranaense cada vez mais forte.
Durante a semana, o clube ficou sabendo que alguns torcedores planejavam invadir o gramado caso o clube caísse. Sabendo disso, duas pessoas que trabalham no clube foram até a Secretaria de Segurança Pública e entregaram um ofício pedindo um reforço policial.
Não estou dizendo que a culpa é da Polícia, de maneira alguma. Mas vamos fazer as contas. Mais de 35 mil pessoas e apenas 240 policiais dentro e nos arredores do estádio (número informado pelos policiais que estavam trabalhando), ainda mais sabendo previamente o que poderia acontecer. Não dá para entender. Porém nada justifica a atitude de alguns ontem, no Couto Pereira.
Eu, nos meus tempos de arquibancada, nunca tive medo de ir ao estádio. Minha mãe tinha e, inclusive, teve de ir a um jogo comigo para perceber que não havia problema. Mas, hoje, fiquei com medo. Temi pelas pessoas que estavam lá e penso se no futuro deixarei meus filhos frequentarem os campos. Os tempos estão mudando; para pior. Fui em decisões. Em quedas. Nunca vi algo como ontem.
Foi um dia triste. Decepcionante. Para o verdadeiro torcedor, que ontem fez mais uma bela festa nas arquibandas antes e durante o jogo, o momento difícil continua hoje e vai perdurar até o novo acesso. Eu acredito na força do Coritiba e sei que com planejamento o clube voltará a Série A já em 2011.
Mas dificilmente vou conseguir apagar da minha memória o que vi no dia 6 de dezembro de 2009, no Couto Pereira.
STJD
Depois da confusão, conversei por telefone com o procurador geral do STJD, Paulo Schmitt. Ele estava em sua casa, aqui em Curitiba, e assistiu parte dos incidentes no Couto Pereira. Schmitt confirmou que hoje vai se reunir com o presidente em exercício do STJD, Virgilio Val, e com outros procuradores para analisar as imagens e divulgar a punição do Coritiba.
“Foi lamentável. Amanhã (hoje) estou indo para o Rio de Janeiro. Essa viagem já estava marcada, mas já conversei com o Virgílio para analisarmos as imagens e divulgarmos uma punição ao clube. Ainda não posso afirmar quanto tempo o clube pode ficar com seu estádio interditado, mas descarto qualquer possibilidade de eliminação do clube, por exemplo”, disse.
O procurador geral do STJD revelou ainda que uma interdição de seis meses pode ser imposta pelo Ministério Público, com base no Estatuto do Torcedor.
“Se o Ministério Público interferir e se basear no Estatuto do Torcedor, o clube pode ser, sim, punido com 6 meses de interdição do estádio”, emendou.
Uma reunião do Ministério Público Estadual para analisar os acontecimentos de ontem também está marcada para hoje pela manhã.
Sou atleticano e paranaense, e até o final do jogo torci para que o coxa ganhasse do fluminense(principalmente motivado por 1996) mas depois desta guerra, acho que mereceu cair mesmo, moro em SP e estou percebendo como foi negativo para imagem do povo paranaense e principalmente o curitibano este absurdo.Para sermos vencedores precisamos saber perder
É Nadja.. Nesse momento no qual a diretoria vai botar a culpa na polícia e vice versa, vi o Delazarri falando que pelo Estatuto do Torcedor a segurança interna está a cargo do clube. No lugar de fazer oficios, porque a diretoria não contratou ainda mais seguranças? Pq ia doer no bolso? A PM está lá para proteção do juiz e para colocar ordem e tal..
Cabe a nós pesquisar sobre as responsabilidades de cada um e evitar engolir desculpas de ambos os lados!
Critico a diretoria do Coxa também por ter feito uma campanha incitando a violência. Óbvio que pessoas com o mínimo de discernimento entendem que a guerra pregava pelos anúncios era dentro de campo, na bola, na raça e etc. Porém grande parte infelizmente entende errado o recado e acha que está liberado para esse tipo de coisa.
E ingresso a R$5 quando o estádio iria lotar mesmo que custasse R$ 50 é no mínimo burrice e dar chance para que arruaceiros fossem ao jogo..
Eu sou atleticano.. E estou com os verdadeiros torcedores do coxa nessa para que as devidas soluções sejam achadas e os culpados punidos. Com certeza quem está chateado hoje com a queda do time também está chateado com o papelão que alguns "torcedores" fizeram ontem. Temi por alguns amigos meus coxas ontem e temo por mim, pois temos arruaceiros em todas as torcidas infelizmente.
Abraço
Vicente Brasil